Entenda o que é inflação de uma forma descomplicada!

Certamente você já foi ao mercado e reparou que o preço do tomate ou da batata aumentou, ou até mesmo que antes você gastava um determinado valor para fazer as compras do mês, e que agora a mesma compra está mais cara. Esses são os impactos da inflação na nossa vida. E, como algo que impacta tanto nossas vidas, é importante entender seu significado, suas causas e como se proteger!

O que é a inflação?

A inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços de produtos e serviços na economia. É por isso que uma nota de 100 reais hoje não compra as mesmas coisas que comprava há cinco anos. Os preços não são fixos e são diretamente influenciados pela inflação.

Por exemplo, quando você vai ao mercado e percebe que a batata está mais cara do que no mês passado, isso é a inflação. Ou, ainda, quando você faz compras com 300 reais agora, mas percebe que há três meses conseguia comprar mais coisas com o mesmo valor, também está sentindo os efeitos da inflação.

O que causa a inflação?

Aumento da Demanda

O aumento da demanda, sem um correspondente aumento na oferta, é uma das causas mais comuns da inflação. Quando muitas pessoas querem consumir um determinado produto, mas há pouca quantidade deste produto disponível, quer dizer que a demanda deste produto é maior do que a sua oferta. Quando isso acontece, nós temos um aumento de preços.

Saiba mais sobre demanda e oferta aqui

Isso pode ser observado no nosso cotidiano, por exemplo: quando um picolé está à venda no supermercado, junto com vários outros produtos, seu preço é um. Agora, quando esse mesmo picolé for vendido no verão em uma praia lotada, com várias pessoas querendo tomá-lo, o preço a ser cobrado será mais caro.

Aumento nos custos de produção

A inflação também pode ser causada por fatores no processo de produção que impactam o preço final do produto. Por exemplo, indústrias dependem de energia elétrica para funcionar. Se o custo da energia elétrica aumenta, o preço final dos produtos também sobe para cobrir essa despesa. Da mesma forma, um aumento no preço dos combustíveis pode elevar o custo do transporte, refletindo no valor final do produto.

Aumento de emissão de moeda

Algumas ações do governo, como gastar mais arrecada, podem levar ao aumento da inflação. Uma alternativa para equilibrar as contas é emitir mais dinheiro.

Quando isso acontece, há mais dinheiro circulando na economia. Isso aumenta o consumo, eleva a demanda em relação à oferta de produtos e serviços e, como resultado, os preços sobem.

Inércia inflacionária

A inércia inflacionária ocorre quando há reajustes nos preços com base na inflação passada. Esse reajuste visa recompor a renda de trabalhadores ou proprietários de imóveis, que foi corroída pela inflação.

Um exemplo é a indexação, um mecanismo que ajusta automaticamente salários, benefícios ou contratos, como os de aluguel, com base na inflação.

Consequências da inflação

A principal consequência da inflação é a perda do poder de compra da população ao longo do tempo. Isso ocorre porque os preços dos produtos e serviços aumentam e a moeda se desvaloriza.

Poder de compra: A capacidade de adquirir produtos e serviços com uma determinada quantia de dinheiro.

Se a inflação aumenta durante o ano, a população perde poder de compra, pois consegue comprar menos itens com o mesmo salário. Por exemplo, se a inflação de um ano foi de 5%, significa que os preços subiram 5%, e o nosso dinheiro perdeu 5% do poder de compra.

Os investimentos também são afetados pela inflação, por causa da rentabilidade real. A rentabilidade real é o verdadeiro ganho de um investimento, já considerando o impacto da inflação. Se o rendimento de um investimento foi de 10% ao ano, mas a inflação no mesmo período foi de 2%, a rentabilidade real foi de aproximadamente 8%.

A inflação afeta especialmente as camadas menos favorecidas, que têm maior dificuldade em atender às necessidades básicas, como alimentação, contas e transporte.

A inflação é sempre ruim?

A inflação não é necessariamente ruim. Quando ocorre de forma controlada, indica que a economia está aquecida e crescendo, com a população consumindo mais e a demanda aumentando de forma equilibrada com a oferta.

No Brasil, há uma meta anual de inflação, que proporciona segurança à economia e favorece o crescimento controlado. Essa meta também dá mais confiança para investidores e empresários aplicarem seus recursos no país.

No entanto, a inflação é prejudicial quando descontrolada e atinge níveis muito altos. Da mesma forma, a deflação – o oposto da inflação – também pode ser problemática.

O que é deflação?

A deflação ocorre quando os preços caem ao invés de subir. Sua principal causa é a oferta de produtos ser maior do que a demanda. No entanto, a queda de preços nem sempre é positiva, pois pode indicar que a economia está desacelerada.

Como a inflação é calculada?

A inflação impacta diferentes aspectos da vida da população e pode ser medida por diversos índices. Os principais índices utilizados no Brasil são o IPCA e o IGP-M.

O que é o IPCA?

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, é o principal índice de inflação do Brasil. Ele acompanha a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços representativos do consumo das famílias brasileiras, fazendo o monitoramento desses produtos mês a mês, como vestuário, alimentos e educação.

O que é o IGP-M?

O IGP-M é o Índice Geral de Preços-Mercado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), monitora a variação de preços em todas as etapas de produção, desde os custos de materiais até o transporte. É muito utilizado para reajustes de contratos de aluguel.

É possível se proteger da inflação?

É possível proteger uma parte do seu dinheiro do aumento de preços causado pela inflação! Isso pode ser feito por meio de investimentos atrelados ao IPCA, como o Tesouro IPCA, ou investindo em empresas cujos produtos e serviços acompanham a inflação, como fundos imobiliários.

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